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domingo, 21 de junho de 2009

O que eu não sei sobre mim



Até o morro agora tem dono
E me priva da liberdade de ser quem eu sou
Lá fora me perco na ignorância do mundo
E na minha própria

Busco verdades
Só encontro desencontros
Busco felicidade
E ela me fere a face

O sal dos meus olhos
Não cicatrizam as feridas
Apenas salgam a vida
Sem nenhum comedimento

E no vinil que fica logo alí, na sala
Tento encontrar alguma palavra
A interpretar o que eu sinto agora
E acreditar que as diferenças
De nada mais valem nessa hora

Mas ele travou
E me repete aquilo que eu não preciso ouvir
Fiquei sem amparo
Por que parece que nada mais faz parte de mim?

Bianca Monsores

5 comentários:

Guilherme Canedo disse...

Olá, essa poesia sua é ótima... Você comentou que um dia vai conseguir escrever um conto e eu juro que um dia escrevo uma poesia. Rs

Achei ótimo a perte do vinil que repete tudo o que você não quer ouvir!

Parabéns

David Monsores disse...

Eii Bianca!
Está arrasando! Muita sensibilidade menina! Sentir o mundo pode às vezes doer, mas acho que não senti-lo é a agonia mortal.
E o que sabemos sobre nós, há quem diga que vivemos pra isso, um projeto existencial.
Muito bom!
BeijO grande!

Álvaro Marcolino disse...

Seus textos lembram bastante minhas letras que faço para banda. Gostei muito mesmo! Tem muito sentimento aí.
=D

Dias disse...

Muito bonita a poesia! A dor de sentir o mundo é foda mesmo. Tem dias que eu também acordo assim. Hoje eu estou melhor (por isso estou com paciência de procurar blogs legais)

beijos!

Ramon de Alencar disse...

...
-Penso que estamos todos a nos diluir nas lágrimas e nas salivas uns dos outros.
E diluídos, passamos a não fazer parte, pois é cada um com sua própria parte.

Bela poesia...